"Enquanto por um lado o parlamentarismo tem o efeito contra-revolucionário, de fortalecer o domínio dos líderes sobre as massas, por outro tem a tendência de corromper esses próprios líderes.
Quando a habilidade pessoal em gerir questoes de politicas publicas tem que compensar o que falta ao poder ativo das massas, desenvolve-se uma diplomacia mesquinha; quaisquer que sejam as intenções com que o partido tenha começado, ele tem que tentar ganhar uma base legal, uma posição de poder parlamentar; e assim, finalmente, a relação entre meios e fins é revertida, e não é mais o parlamento que serve como um meio para o comunismo, mas o comunismo que se apresenta como um slogan publicitário para a política parlamentar".
Anton Pannekoek, “World Revolution and Communist Tactics” (1920)